E eu me encontro mais uma vez nesse abismo. Nessa caverna. O que há de errado? - Me perguntei.
As vezes olho para os lados, tentando entender o que se passa ao meu redor, mas eu tenho preguiça.
Pessoas mesquinhas, involuntárias, amarguradas, vazias, e sem um coração. É tudo o que eu vejo!
Tenho tanto medo de me tornar igual a elas. Mas.. se eu tenho tanta preguiça do mundo, eu já me tornei uma delas.
Eu não quero isso pra mim, eu quero mais! Eu quero ser feliz, dar risos sem razão, amar sem compreensão. Apenas amar!
Ao pensar nisso, sentei para refletir sobre minha vida, em uma, das várias praças que existem na minha pequena cidade, a mais iluminada! E fiquei observando as pessoas passando, indo e vindo. Ninguém me notou alí, sentada, observando cada gesto e palavra. É engraçado, mas, mesmo eu alí vendo que ninguém que passava me notava,eu sabia que, do outro lado da rua, da sacada do prédio, dos carros, das motos, alguém me observava. Se não nós com sangue quente correndo pelas veias, sim, os Anjo e Deus!
E observando as pessoas, comecei a perceber que nossas vidas, é como um relógio programado para despertar, e ao despertar estamos prontamente preparados para mais uma jornada de trabalho, estudos, e afins. As vezes queremos estar distante do nosso dia-a-dia, mas o relógio desperta, e somos obrigados a cumprir o programado, o já existente.
E então, nossa vida vira uma grande roda gigante, saindo do lugar, sim, pra estar uma hora em cima e outra hora embaixo, mas, rodando sempre no mesmo sentido, no mesmo lugar. Tornando-se uma mesmice.
- Há meu caro, eu não desejo a mesmice nem para meu pior inimigo. Ela nos agride na cara, nos faz tropeçar.
O monótono domina nossa vida. Não temos vontade de nada, nem do novo e nem do velho. Caímos no abismo, entramos na caverna, fria e obscura. Porém, querendo incessantemente sair do obscuro, começamos a buscar saídas, o errado, o anormal, qualquer coisa pra sair dali. Só não usamos a cabeça, e tudo se torna mais confuso, mais incerto.
Parei, olhei para o relógio e vi que já estava na hora de ir embora e conclui: A mesmice, o monótono, nos faz ser amargurados, insatisfeitos, frios. Mas, nada justifica a vida, então vamos viver, sem medo. Pelo menos, nesse instante. Não deixemos que a mesmice atrofie nossa vida.
Levantei, comecei a caminhar e pensei: O mal do mundo, é a falta de amor!
AME!
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