quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Amar alguém.

O destino me trouxe aqui, sentada em uma cadeira desconfortável, e um desejo de escrever sobre mim,
sobre você, sobre nós. Depois de algum tempo. Estou aqui.

Olhares são marcantes, e o seu naquela noite, lacrimejados, não saíram da minha memoria, e jamais sairá.  Único e sagaz. Você tem meu amor. E eu, eternas saudades.

Uma vida, um amor. Céu, mar e o seu olhar. Imensidões.
Todos com a mesma coincidência. Uma imensidão de incertezas.

Aquela noite, aquele exato momento, eu mergulhei no mais profundo dos mares pra te encontrar, me encontrar, nos encontrar!
E você me disse adeus e eu te disse sim. Apenas disse sim pra você e não pra mim;
Sim para o seu desejo de ir, e não para o meu desejo de te ter aqui.

Meu mundo desabou, eu fiquei sem rumo. Tudo o que eu tinha, era apenas minhas lagrimas e uma chave no bolso. Com meu coração apertado, caminhei até a minha casa, e você me observava, parado e quieto. Sem dizer uma só palavra eu tirei as chaves do meu bolso e abri a porta. Te olhei nos olhos pela ultima vez, e você, ainda parado, olhou eu fechar a porta.

Pela janela eu via você paralisado. Eu já não estava mais ali.

Sentei em frente a janela, e você sem me ver. Continuou olhando a porta fechada. Minhas lagrimas caiam de desespero, tudo o que eu queria era correr e te abraçar. Mas você se foi, antes mesmo de eu pensar em abrir a porta.

Onde está você agora? Já não lembro mais da sua voz, e nem do seu beijo. Entretanto, o amor está intacto. Como a ultima frase que eu te disse: Passe o tempo que for. O meu amor é teu, e o seu amor é meu.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um erro.

Você se foi, mas o seu sorriso ao entrar no meu quarto e me abraçar apertado; Não, ainda não se apagou.
Que amor é esse que nunca acaba? Te conhecia tão bem, e hoje não sei nem o perfume que te agrada.
É irônico você ter uma vida, e ela se desfazer entre seus dedos. É como se a qualquer momento você fosse
entrar pela minha porta e dizer que tudo foi um erro. Que me ama, e sentiu saudades!
Volta, vem viver nosso amor de verdade. Andar pela cidade e ver as atrocidades. E rir, por que é o que nos resta.
Sem amor no mundo, a piedade tem pressa. E sem você aqui, como faz para encarar tudo?
Me sinto sem força e isso é desumano. Volta, vem viver o que tem de mais puro. O amor. O meu amor. O nosso amor. Tudo!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Roda Gigante.

E eu me encontro mais uma vez nesse abismo. Nessa caverna. O que há de errado? - Me perguntei.
As vezes olho para os lados, tentando entender o que se passa ao meu redor, mas eu tenho preguiça.
Pessoas mesquinhas, involuntárias, amarguradas, vazias, e sem um coração. É tudo o que eu vejo!
Tenho tanto medo de me tornar igual a elas. Mas.. se eu tenho tanta preguiça do mundo, eu já me tornei uma delas.
Eu não quero isso pra mim, eu quero mais! Eu quero ser feliz, dar risos sem razão, amar sem compreensão. Apenas amar!

Ao pensar nisso, sentei para refletir sobre minha vida, em uma, das várias praças que existem na minha pequena cidade, a mais iluminada! E fiquei observando as pessoas passando, indo e vindo. Ninguém me notou alí, sentada, observando cada gesto e palavra. É engraçado, mas, mesmo eu alí vendo que ninguém que passava me notava,eu sabia que, do outro lado da rua, da sacada do prédio, dos carros, das motos, alguém me observava. Se não nós com sangue quente correndo pelas veias, sim, os Anjo e Deus!

E observando as pessoas, comecei a perceber que nossas vidas, é como um relógio programado para despertar, e ao despertar estamos prontamente preparados para mais uma jornada de trabalho, estudos, e afins. As vezes queremos estar distante do nosso dia-a-dia, mas o relógio desperta, e somos obrigados a cumprir o programado, o já existente.

E então, nossa vida vira uma grande roda gigante, saindo do lugar, sim, pra estar uma hora em cima e outra hora embaixo, mas, rodando sempre no mesmo sentido, no mesmo lugar. Tornando-se uma mesmice.

- Há meu caro, eu não desejo a mesmice nem para meu pior inimigo. Ela nos agride na cara, nos faz tropeçar.

O monótono domina nossa vida. Não temos vontade de nada, nem do novo e nem do velho. Caímos no abismo, entramos na caverna, fria e obscura. Porém, querendo incessantemente sair do obscuro, começamos a buscar saídas, o errado, o anormal, qualquer coisa pra sair dali. Só não usamos a cabeça, e tudo se torna mais confuso, mais incerto.

Parei, olhei para o relógio e vi que já estava na hora de ir embora e conclui: A mesmice, o monótono, nos faz ser amargurados, insatisfeitos, frios. Mas, nada justifica a vida, então vamos viver, sem medo. Pelo menos, nesse instante. Não deixemos que a mesmice atrofie nossa vida.

Levantei, comecei a caminhar e pensei: O mal do mundo, é a falta de amor!

AME!