Eu sinto saudades de quando você me chamava de piquititinha,
quando queria me dar carinho, e quando engrossava a voz e me chamava de
Francielle, quando estava bravo.
Tenho saudades de quando você fazia palhaçadas só pra tentar
tirar um sorriso do meu rosto, e das inúmeras tentativas bem sucedidas de me
assustar.
Tenho saudade das nossas artimanhas na cozinha, de quando
não havia nada pra fazer e inventávamos alguma comida pra nos entreter, e nossa
maior especialidade sempre foi os cachorros quentes, tínhamos que comer com
talheres, de tão grande que ficava.
Tenho saudades das suas manias de passar e arrumar algo que
estava minimamente fora do lugar, e de colocar tudo sempre no mesmo lugar.
Tenho saudade de quando íamos assistir filme a noite e deitávamos juntos no
sofá, e você dormia sempre no meio do filme, e depois acordava me perguntando o
que tinha acontecido no final.
Tenho saudades das coisas que descobrimos juntos, e das
nossas caminhadas observando a cidade. Tenho saudade de quando você me ligava
antes de dormir e me desejava boa noite e dizia que me amava mais do que eu te
amava.
Tenho saudades de acordar às 8 horas em Domingo pra ir comer
pastel na feira. Tenho saudade das suas imitações, e a que eu mais sinto
saudades, é a do “Sou Dolinho, seu amiguinho.”
Tenho saudade do seu cheiro, das suas caras e bocas, e da
sua raiva em tirar foto.
Tenho saudades da sua teimosia e da sua impaciência.
Tenho saudades das nossas lutinhas e de não fazer nada ao
seu lado, só ficar com você. Sinto saudade da nostalgia do Domingo a noite, por
saber que o nosso fim de semana ia acabar e ia demorar pra chegar o próximo.
Sinto saudades de você, da suas manias, da sua teimosia. Sinto
saudades, infinitas saudades do que você foi. Mas não sinto saudades do que
você se tornou. Enfim..
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