sábado, 25 de agosto de 2012

Saudade.


Eu sinto saudades de quando você me chamava de piquititinha, quando queria me dar carinho, e quando engrossava a voz e me chamava de Francielle, quando estava bravo.
Tenho saudades de quando você fazia palhaçadas só pra tentar tirar um sorriso do meu rosto, e das inúmeras tentativas bem sucedidas de me assustar.
Tenho saudade das nossas artimanhas na cozinha, de quando não havia nada pra fazer e inventávamos alguma comida pra nos entreter, e nossa maior especialidade sempre foi os cachorros quentes, tínhamos que comer com talheres, de tão grande que ficava.
Tenho saudades das suas manias de passar e arrumar algo que estava minimamente fora do lugar, e de colocar tudo sempre no mesmo lugar. Tenho saudade de quando íamos assistir filme a noite e deitávamos juntos no sofá, e você dormia sempre no meio do filme, e depois acordava me perguntando o que tinha acontecido no final.
Tenho saudades das coisas que descobrimos juntos, e das nossas caminhadas observando a cidade. Tenho saudade de quando você me ligava antes de dormir e me desejava boa noite e dizia que me amava mais do que eu te amava.
Tenho saudades de acordar às 8 horas em Domingo pra ir comer pastel na feira. Tenho saudade das suas imitações, e a que eu mais sinto saudades, é a do “Sou Dolinho, seu amiguinho.”
Tenho saudade do seu cheiro, das suas caras e bocas, e da sua raiva em tirar foto.
Tenho saudades da sua teimosia e da sua impaciência.
Tenho saudades das nossas lutinhas e de não fazer nada ao seu lado, só ficar com você. Sinto saudade da nostalgia do Domingo a noite, por saber que o nosso fim de semana ia acabar e ia demorar pra chegar o próximo.
Sinto saudades de você, da suas manias, da sua teimosia. Sinto saudades, infinitas saudades do que você foi. Mas não sinto saudades do que você se tornou. Enfim..

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